sábado, 24 de janeiro de 2009

A Carta do Suicida

A seguinte carta foi encontra no bolso de um suicida:

“Sr. Delegado de polícia, não culpe ninguém por minha morte. Deixei esta vida porque, um dia a mais que vivesse, acabaria morrendo de loucura. Explico-lhe o porque, Sr. Delegado:
Tive a desdita de casar-me com uma viúva, a qual tinha uma filha. Se eu soubesse disso, jamais teria me casado.
Meu pai, para maior desgraça, também era viúvo, e quis a fatalidade que ele se enamorasse e casasse com a filha de minha mulher, tornando-me sogro de meu pai. Minha enteada ficou sendo minha mãe e meu pai era, ao mesmo tempo, meu genro.
Após alguns anos, minha enteada trouxa ao mundo um menino, que veio a ser meu irmão, porem neto de minha mulher, de maneira que fiquei sendo avô de meu irmão.
Com o decorrer do tempo, minha mulher também deu a luz a um menino que, como irmão de minha mãe, era cunhado de meu pai e tio de seu filho, passando minha mulher a ser a nora de sua própria filha.
Eu, Sr. Delegado, fiquei sendo pai de minha mãe, tornando-me irmão de meu pai e de seus filho, e minha mulher ficou sendo minha avó, já que é a mãe de minha mãe.
E assim, acabei sendo avô de mim mesmo.
Portanto, Sr. Delegado, antes que a coisa se complicasse mais, resolvi desertar desse mundo.”

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